Como Interagir com as Pessoas no Trabalho de Forma Positiva [Seja Bem Visto]
Você já parou para pensar que grande parte das dificuldades no seu dia a dia são consequências da sua limitação em interagir com as pessoas à sua volta?
Pessoas que não entendem o que você “quer dizer” e agem de forma oposta ao que você espera.
Pois é, tenho que chamar sua atenção para um fato no mínimo curioso: existe um princípio físico convencionado de “ação e reação”.
Trata-se da terceira lei de Newton – toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário.
Fazendo alusão ao campo das relações interpessoais significa que tudo o que vem em resposta a uma iniciativa sua tem relação e ligação direta com o modo como você agiu.
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Como Você Influência sua Imagem Social no Trabalho?
Dito isso, antes de criticarmos as reações das pessoas ao nosso entorno, quando não alinhadas à nossa expectativa, é recomendável questionar nosso posicionamento.
Devemos identificar até onde contribuímos, mesmo que não intencionalmente, para o resultado apresentado.
Quer saber como?
Um bom exercício é observar se na comunicação com os outros você consegue obter resultados em linha com o esperado, ou se as pessoas “sempre” interpretam errado o que você diz.
Lembre-se que em um processo de comunicação, existem pelo menos dois interlocutores, portanto, 50% da responsabilidade desse processo cabe a cada uma das partes.
- Cada pessoa, de maneira muito particular, interpreta a mensagem de acordo com sua percepção dos fatos.
Daí a necessidade de ter noção de como o outro assimila o que você diz para assegurar que sua mensagem seja interpretada na real acepção da palavra.
Nesse contexto, sensibilidade e empatia são aspectos fundamentais para o sucesso das trocas interpessoais.
Grande parte dos problemas que temos nas nossas relações se refere ao fato de não exercermos uma boa comunicação, dada a dificuldade de sermos empáticos à necessidade e realidade do outro.
Temos a tendência de falar o que queremos da forma como bem entendemos, sem nos dar ao trabalho de certificar se a pessoa com quem falamos compreendeu a informação.
Isso, é claro, requer mais empenho. Mas, certamente, o isentará de ter de repetir o evento mais de uma vez e lhe atribuirá a imagem de uma pessoa assertiva e desenvolta no trato com as pessoas.
Atue positivamente para melhorar sua interação pessoal e profissional
As habilidades sociais, cada vez mais, configuram uma condição básica na conquista da liderança colaborativa preconizada enquanto modelo de referência nas organizações.
Afinal, quem você escolheria para fazer parte do seu grupo?
Alguém com talento para acessar as pessoas e garantir a fluidez nos processos de comunicação, ou alguém que apenas repassa a informação sem o zelo necessário para que a mensagem seja bem interpretada?
O que esperamos do outro deve ser a nossa medida de referência.
Se as palavras mobilizam, os exemplos inspiram atitudes e comportamentos convergentes.
A Comunicação Efetiva como Diferencial Competitivo
No ambiente corporativo atual, saber se comunicar de forma clara e eficaz tornou-se um diferencial competitivo indispensável. Profissionais que dominam esta habilidade destacam-se naturalmente, conquistando mais oportunidades e reconhecimento. Mas o que caracteriza uma comunicação realmente efetiva?
A comunicação efetiva vai muito além de simplesmente transmitir informações – ela envolve garantir que a mensagem seja compreendida conforme a intenção original. Isso requer clareza, objetividade e, principalmente, adaptabilidade ao interlocutor. Um bom comunicador sabe ajustar seu discurso conforme o receptor, considerando aspectos como conhecimento prévio, estilo de aprendizagem e até mesmo preferências pessoais de comunicação.
Três pilares fundamentais para uma comunicação de impacto:
- Escuta ativa: Antes mesmo de elaborar sua mensagem, é crucial desenvolver a capacidade de ouvir verdadeiramente o outro. Isso significa manter-se presente, fazer perguntas pertinentes e demonstrar genuíno interesse pelo que está sendo dito.
- Linguagem corporal consciente: A comunicação não-verbal compõe mais de 50% da mensagem que transmitimos. Manter contato visual, postura adequada e gestos coerentes com o discurso são elementos que reforçam sua credibilidade e facilitam a compreensão.
- Feedback constante: Verificar se sua mensagem foi compreendida é parte essencial do processo comunicativo. Perguntas como “Fui claro?” ou “Você gostaria que eu explicasse de outra forma?” demonstram preocupação genuína com a efetividade da comunicação.
Barreiras Comunicativas: Identifique e Supere
Mesmo com as melhores intenções, diversos obstáculos podem comprometer a qualidade da comunicação interpessoal. Identificá-los é o primeiro passo para superá-los:
- Filtros perceptivos: Nossas experiências prévias, crenças e valores funcionam como filtros através dos quais interpretamos as mensagens recebidas. É fundamental reconhecer esses filtros tanto em nós quanto nos outros.
- Ruídos emocionais: Estados emocionais intensos – como estresse, ansiedade ou empolgação excessiva – podem distorcer tanto a emissão quanto a recepção de mensagens.
- Pressuposições não verificadas: Assumir que o outro compreende termos técnicos ou contextos específicos sem verificar pode levar a mal-entendidos significativos.
- Diferenças culturais e geracionais: Equipes diversas trazem riqueza de perspectivas, mas também desafios comunicativos que exigem sensibilidade e adaptabilidade.
Uma estratégia eficaz para superar essas barreiras é praticar a metacomunicação – ou seja, comunicar-se sobre a própria comunicação. Frases como “Gostaria de verificar se estamos na mesma página” ou “Percebo que posso não estar sendo claro, vamos abordar de outra forma” podem prevenir desentendimentos e fortalecer conexões.
Desenvolvendo Inteligência Relacional no Ambiente Corporativo
A inteligência relacional – capacidade de construir e manter relacionamentos saudáveis e produtivos – tornou-se uma competência altamente valorizada no mercado de trabalho. Profissionais com esta habilidade bem desenvolvida conseguem:
- Construir redes de apoio sólidas dentro e fora da organização
- Mediar conflitos de forma construtiva
- Inspirar e influenciar positivamente equipes
- Adaptar-se a diferentes estilos de trabalho e comunicação
Para desenvolver esta competência, é importante adotar uma postura de aprendizado contínuo. Busque feedback honesto sobre como sua comunicação é percebida pelos outros. Esteja aberto a ajustes e, principalmente, cultive a humildade para reconhecer quando sua abordagem não está sendo efetiva.
Práticas diárias para aprimorar sua inteligência relacional:
- Reserve alguns minutos antes de interações importantes para se preparar mental e emocionalmente
- Faça perguntas abertas que demonstrem interesse genuíno pelo outro
- Pratique o reconhecimento sincero das contribuições alheias
- Busque compreender perspectivas diferentes sem julgamentos imediatos
- Crie um “diário de comunicação” para registrar aprendizados e insights sobre suas interações
O Impacto da Comunicação Assertiva nos Resultados Organizacionais
Equipes com comunicação assertiva apresentam indicadores significativamente superiores em diversos aspectos:
- Maior produtividade e eficiência operacional
- Menor incidência de retrabalho e desperdício de recursos
- Ambiente mais colaborativo e inovador
- Maior retenção de talentos e engajamento profissional
- Relacionamento mais sólido com clientes e parceiros externos
A construção de uma cultura organizacional que valoriza e estimula a comunicação assertiva começa com a liderança. Gestores que modelam práticas comunicativas saudáveis tendem a ver essas práticas replicadas em suas equipes.
É importante ressaltar que comunicação assertiva não significa ausência de conflitos, mas sim a capacidade de navegar por eles de forma construtiva. Quando conduzidos adequadamente, os conflitos podem gerar insights valiosos e fortalecer relações.
Conclusão: Comunicação como Jornada, não como Destino
Aprimorar nossas habilidades comunicativas é um processo contínuo que exige autoconhecimento, empatia e prática deliberada. Não se trata apenas de técnicas a serem dominadas, mas de uma mentalidade a ser cultivada.
Ao assumirmos nossa parcela de responsabilidade no processo comunicativo, deixamos de ser vítimas de “mal-entendidos” para nos tornarmos arquitetos de conexões significativas e produtivas. É nesse processo que nossos relacionamentos profissionais florescem e nossa carreira ganha impulso consistente.
Em um mundo onde a tecnologia facilita a transmissão de informações como nunca antes, a verdadeira distinção está em quem consegue realmente conectar-se – não apenas informar, mas comunicar no sentido mais profundo da palavra.